Notas
280618
O BOOM Econômico de Foz do Iguaçu (2)
Texto
de apoio ao projeto da mudança do horário da Área de Serviços
Introdução
a uma análise sociológica direcionada à questão da construção da Usina de
Itaipu e as consequências disso na
Área de Serviços (o trabalho sem feriados e finais de semana), com referência
ao Turismo e o uso dos recursos advindos dos Turismo.
Por Luiz C.S. Lucasy
A dimensão, o gigantismo, o tamanho, da Usina Itaipu
foi duramente criticado desde o início pela escola politécnica de S. Paulo, um
braço da engenharia da USP, já controlada por professores simpáticos ao
marxismo, mas, ao que parece, nem tanto simpático ao marxismo, quanto o próprio
alto comando do exército brasileiro, na época. O que parecia ser uma “moda ocidental”, a “moda
marxista”, arrasta o Brasil até os dias de hoje, o que por si, fornece algum lastro
ao que foi dito.
Os técnicos e engenheiros, diziam que ao invés de
construir uma usina gigante, deveriam construir mais usinas grandes, não
gigantes, mas em regiões mais próximas dos locais onde a energia seria
consumida. Consideravam que o Brasil era um país com muitos rios e espaço para
reservatórios de água. E estavam certos nisso. Estavam sendo racionais,
matemáticos, o que lhes era próprio como engenheiros da melhor escola de
engenharia do pais, depois da ITA segundo um tradicionalismo militar em um
governo militar.
O custo da construção da Usina, no deslocamento de
máquinas, por mil quilômetros, transportes especiais para aquele fim, quando
para levar uma pequena encomenda de Sedex se paga uma fortuna e depois, centros
de transmissão de energia, torres e fios, aberturas de estradas de acesso,
considerando ainda que se fosse usar a
metade da energia e que a outra
metade seria gentilmente cedida a um país Latino, em troca do uso da “metade
de um rio”, produzia um efeito camuflado de domínio e superioridade, bem
característico da arrogância de alguns generais estrategistas daquela época,
hoje decadentes aposentados.
Se haviam criado a usina considerando a
industrialização crescente do Brasil muito em breve essa estratégia se
desvaneceria, com a quebra do parque industrial brasileiro, que em vão tentaram
mais uma vez, camuflar, com os “parques tecnológicos”, escolinhas de estudo de
técnica de “estudo de técnicas”, sem relação com a produção viva, algo tão fantasioso
quanto laboratório de química nas escolas médias. Logo, a ‘industrialização
crescente’, não era a estratégia.
De qualquer forma, imaginavam que a própria industrialização teria um “blecaute”,
pois que, consideravam desde o início o uso de apenas, <<metade>>, da
energia produzida pela usina a ser construída.
Mesmo o Paraguai, agraciado com a outra metade da
Usina, não conseguiria usar a sua “metade” a que tinha direito, mediante, o
acordo geopolítico de Golbery (o estrategista do regime militar), e a venderia
para o Brasil e Argentina.
Ora, o quanto o Paraguai investiu na construção da
Usina? Uma metade de um rio e algumas terras alagadas? E o Brasil o quanto
investiu em terras alagadas, não foram dezenas de municípios, no estado do
Paraná? E o que isso causaria de transtornos no sentido de “desequilíbrio econômico
interno, aos municípios”, especialmente na readequação ‘miserável’, da questão
das terras, propriedades, e falando de forma mais clara, qual acordo feito com
os “ducados” e dinastias regionais? Para amansa-los e torna-los cúmplices fosse
do que fosse?
Que fosse preciso a construção de uma Usina em um
momento quando a industrialização no Brasil estava em pleno desenvolvimento,
isso era um fato relativo, pois que o grosso da industrialização já estava acontecendo com a energia que
existia e neste momento da construção da usina, se pensava em expandir o
desenvolvimento ao pais, com a Transamazônica por exemplo. Uma ideia que saiu
do papel e não teve o apoio dos estados e nem dos políticos e depois, o
Amazonas, seria tomado desde dentro, usando a figura emblemática dos índios,
MST e, ONGs, quando a Transamazônica, ela viria de fora para dentro e se não
ousaram implantar uma Estrada de Ferro
é porque era um falso plano. E porque fariam isso?
Mas, o que não se perguntou na época, é se, a
industrialização continuaria ou seria interrompida brutalmente. Ou se,
realmente a construção da Usina estava acontecendo para garantir a
industrialização ou visando uma ajuda estratégica ao Paraguai (América Latina,
Mercosul), o que de fato ocorreu, em uma sequência desfavorável ao comércio, às
médias fábricas brasileiras (que restavam) e ao povo brasileiro, que já havia
sofrido o “baque” da desindustrialização e mudança estratégica das fábrica de tabaco
para o Paraguai, a ida da Fábrica de brinquedos Estrela (!), para a China e
depois, uma filial, no Paraguai, isso, no conjunto da obra, transformou o
brasileiro em “muambeiro”, quando se imaginou que estivesse como “operário qualificado
de grandes multinacionais”:
Primeiro a
energia elétrica “como que caída dos céus para o Paraguai”, e o ganho com a
venda de energia para o Brasil e Argentina, depois a vinda do “mercado chinês”,
com total colaboração do “governo brasileiro”; a plantação de maconha no
Paraguai e o envio para Colômbia como distribuidora. Os outros ciclos
econômicos, como Café e Madeira, ao menos, circulavam entre as fronteiras, mas,
o mercado de “containers”, vindos da China, extrapolavam, tudo o que se havia
pensado e praticado em termos de capitalismo. Era como se, o tempo houvesse
acabado, era tudo ou nada. Encher o mercado de coisas fúteis, para arrancar o
máximo de dinheiro das pessoas, tudo, com destino à China.
Nunca soube que a “América Latina”, tivesse pedido
ajuda ao Brasil ou que, o Brasil pudesse fazer tanto por América Latina e nada
pelo Brasil. Ao contrário, o que acontecia no Brasil era um desincentivo à
produção, mesmo as escolas não formavam mais pessoas vocacionadas a pensar o
país.
A “indústria da seca”, como era chamado, em 1960
recebera um trabalho exemplar da Fundação Conrado Wessel, sobre estudos do “aquífero”
(Aquífero Guarani), entre as divisas de MG e a região da seca, quando não se
falava nada a respeito. E daí se esperava a ajuda do Brasil para o Brasil. Ora,
Israel com muito menos, literalmente tirou “água da areia”. E o que aconteceu
no governo L. foi, justamente um “ataque destrutivo”, ao rio São Francisco e
ainda, depois, ou no curso, de um uso pouco criterioso das margens do rio com
plantação de soja!
Outra questão fundamental, era a construção de uma
estrada de ferro do Norte ao Sul, o que foi tentado por Sarney e também aí, o
Brasil foi esquecido e tudo isso, para ajudar América Latina? Que sequer havia
pedido ajuda? E o que fez, “América Latina pela América Latina”? Em que momento
“América Latina” pensou em Brasil? Porque faria isso?
Porque uma organização criminosa, ‘descoberta’, apenas
uma década depois da fundação (1990) e, divulgada pela mídia duas e meia décadas
depois, da fundação, no Brasil, ajudaria e elegeria 12 presidentes de “América
Latina”?
Havia algo de podre em tudo isso. E Foz do Iguaçu, em
certa medida parecia ser “o olho do furacão” (2004), ao menos na política do Mercosul,
da Imigração chinesa e islâmica.
Quem pagaria o preço disso, para Foz e menos, a Região, exceto pelos reflexos do desfalecimento e mutabilidade decadente, da cidade de Foz, seria o trabalhador do Turismo, com um horário insano e prejudicial à vida e, ausência total de perspectiva e, uma rotatividade da mão de obra, provocada pelo próprio “modus operandi”, da circulação do dinheiro do turismo, onde todo ele, salvo 10% para manutenção (40 milhões – informação obtida pelos próprios órgãos do turismo), seria usado para fins não sabidos (...), quando deveriam ser usados para aumentar os empregos no turismo, criando uma jornada de trabalho decente (duas jornadas de trabalho) e que criasse perspectivas pessoais de novos trabalhos, para dar “alma” à cidade, que ora, se desvanece, segundo declarações percebidas de vários comerciantes e empresários. Mais uma vez, ao contrário, ofereceram "motocicletas" às pessoas, para que entregassem "pizza", quando deveriam oferecer máquinas de produção de bens de consumo imediato, até mais baratos que as motocicletas. No entanto, faziam crer que nada deveria prejudicar o "precioso" mercado chinês, ajudado, apoiado e, incentivado, por eles próprios.
O que aconteceu com o Paraguai com relação ao Brasil,
aconteceu com o Brasil em relação à Europa e EUA, com relação a
industrialização. No entanto, a industrialização “foi embora” para China e a
Usina continua no Paraguai (...). E se a Usina trouxe a “China”, para o
Paraguai, agora, haverá mudanças de estratégia do governo Chinês, que apenas
usou o Paraguai como “ponto estratégico” de suas ações futuras para América
Latina. Não temos o direito de esquecer, que a China tem 5 mil anos de comércio, o Brasil 500 anos de existência. E pensar que em algum momento, se possa "usar" a China é pouco mais que burrice!
Se, si considerar isso, como “ajuda”, dada ao Brasil e
este, ao Paraguai e ambos auxiliando a formação do Mercado Chinês então, houve
uma “diferença” de qualidade da ajuda. O Brasil ao ajudar o Paraguai, deixou de
ser ajudado. O Paraguai e o Brasil ao “ajudarem” o mercado chinês, entregaram o
próprio mercado à confiança do Partido Comunista Chinês, assim como fizeram os gigantes
econômicos, as dinastias ocidentais.
Uma ajuda era efetiva e rendia dividendos ao Paraguai,
que abrigava o mercado Chinês, na contramão dos interesses do comércio
brasileiro a outra “ajuda” (a industrialização), podia mudar quando bem
entendesse, como mudou: do Brasil para a China e da China para o mundo .... Ou,
uma drástica mudança nos modos de produção,
como haviam determinado que o Brasil, seria um “país eminentemente agrícola”. E
o Brasil, acreditou nisso!
Nunca foi evidente, mas a vinda do mercado Chinês para
a América Latina, com ajuda do Brasil e Paraguai ela aconteceu também ou, na
condição de uma melhora na infraestrutura em energia para o Paraguai? Se si
pensar dessa forma, a usina foi construída para ajudar a China no seu “Boom econômico”!
E quem seria tão idiota para ajudar a construir uma situação de negação
econômica do próprio país? Quando o Brasil poderia produzir alimentos e doar,
simplesmente, com o mesmo “apoio econômico”, que está tendo, ou teve, para
fazer o que fez, doando-se. Doando o
país e, desacreditando o brasileiro para a própria civilidade. Embrutecendo-o a
partir da escolha de um presidente sabidamente obsceno e ignorante.
Note que, no Brasil, na engenharia brasileira, na
industrialização brasileira, não se considerava o uso integral da energia produzida pelo que viria a ser a usina de
Itaipu. Se considerava apenas a <<metade>>, para um país de 8.5 milhões de quilômetros quadrados e outra metade para um pais com 406.752
quilômetros quadrados!
As dimensões da usina, ultrapassavam mais da metade,
da necessidade do Brasil naquele momento (...). Talvez se esperasse um crescimento
contínuo. Mas era pouco provável, já que metade da Usina seria entregue ao
Paraguai que, por sua vez, venderia o excedente ao Brasil e à Argentina. Porém
a industrialização no Brasil arrefeceu na contramão do crescimento – estrategicamente
temporário – do mercado Chinês no Paraguai. E agora, o que virá? Ainda bem, que
em Foz do Iguaçu, não veio a 2ª. ponte! O que seria um furo n’água. Agora,
imagine outros projetos megalômanos, quando sequer se tem um porto, sob o
controle da iniciativa privada, para uma fronteira, mesmo que instável!
De fato, o grande benefício da construção da Usina de
Itaipu, o foi, para o Paraguai, Argentina, Brasil, na mesma proporção, quando
deveria ser outra proporcionalidade, por ter sido, o Brasil, o construtor da
Usina, no entanto, se afigura como “subsidia[dor[, ajuda[dor]”, do desenvolvimento
alheio na contrapartida da miséria moral, cultural e econômica interna e que consome
parte da energia e, cada vez menos. O grande beneficiado, de fato, foi a China no
China (no Paraguai, no Brasil e em América Latina!), que passaria a se
beneficiar disso na contramão dos interesses da economia brasileira.
Para o Brasil restou a metade da energia produzida
pela Usina, mais uma pequena parte de energia, paga ao Paraguai e os royalties
para os municípios afetados com a construção da Usina, e a grave afetação da cidade de Foz do Iguaçu, com uma população muito
acima do que poderia suportar o modelo econômico de cidade pequena.
Para resolver esse problema populacional excedente,
desqualificado, e improviso investiu-se em publicidade do Turismo, criou-se um “fake
de turismo”, fundado na muamba, nas cataratas e na “iluminação e visitação da
Usina de Itaipu”, digo “fake”, porque não se pode “sustentar” a naturalidade do
turismo que a região tem por natureza, e acrescentou-se a isso “uma pitada” de
maldade interesseira, no uso dos recursos
provenientes do turismo que simplesmente sumiram da cidade, o que demonstra e, é a prova do desinteresse real, na
característica do que deveria ser um
turismo incluindo pessoas de bom caráter e bem
cuidadas para receber outras de outros países e do próprio país. E todo esse
controle econômico do dinheiro arrecadado no turismo sempre tem à frente,
agentes políticos de Itaipu, sob o controle do governo federal. Quer dizer,
turismo em Foz, é o turismo de Itaipu, uma cidade dentro da cidade e a cidade
no círculo maior dos interesses de América Latina e ONU.
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